Kung Fu Panda é uma animação de encher os olhos, de empolgar pelo visual, as cenas coreografadas, inspiradas na arte do kung fu, minuciosamente trabalhadas na forma de animação digital. Tecnicamente, é um “showdebolice” à parte!Quanto à história, alguns levantam uma controvérsia:
Bom, basicamente, existem cinco aspirantes ao cargo do Grande Dragão. Eis que um Panda gordo e sonhador aparece na parada e acaba sendo o escolhido. Todos ficam revoltados, mas o grande mestre que o escolheu defende que nada é por acaso e, se ele foi o escolhido, algum propósito há. Essa é uma leitura do filme, que é a mais “comum”.
Agora, leia desta forma:
Cinco dedicados lutadores altamente capacitados se apresentam para a escolha do Grande Dragão. Eles foram treinados e disciplinados, cada um com sua especialidade pelo mesmo mestre e agora se submetem ao teste numa disputa justa que apontará qual deles é o mais indicado ao cargo.
Eis que um Panda gordo e sonhador aparece na parada e acaba sendo o escolhido. Todos ficam revoltados, mas o grande mestre não enxerga um bobalhão que apareceu de repente, totalmente despreparado e mesmo assim, o nomeia o maioral, só porque soube aparecer na hora certa.
Duas leituras diferentes do mesmo filme. A primeira, na inocência da criançada e pela diversão, é engraçada, tem sua lição de moral e no fim logicamente, tudo dá certo. Na segunda, é uma visão corporativista, exemplo de muitos “paspalhões” que aparecem nas empresas e crescem na carreira muitas vezes tomando o lugar de gente preparada só por que agradou um ou outro e foi oportunista para se sobressair.
Eu prefiro a primeira. Porque, por menos preparada que a pessoa seja, ela sempre trará algo que irá agregar aos outros que se relacionam com ela, bastando querer. Mas principalmente, porque é divertidíssima, e cinema é s maior diversão! E da visão corporativista, já vejo essa história se repetir todos os dias.
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