Para os críticos mais ferrenhos, este é um filme para ser apreciado e não assistido. Pessoalmente, prefiro não considerá-lo um filme, e sim uma poesia, uma pintura de um quadro a óleo. É algo bonito de se ver.
Por outro lado, como falei acima, é um divisor de águas. Ou seja, se o que você procura é entretenimento, diversão... o filme peca, mas sem culpa. Peca por ser um filme único, estranho, profundo... e por ser por um lado um bom filme, mas por outro, é horrível, sofrível... de fazer até os mais fortes sofrerem lutando contra o sono.
The Tree Of Life acompanha o crescimento do filho mais velho de uma família americana, Jack. Da inocência da infância até à desilusão da vida adulta, na tentativa de se conciliar na relação complicada com o seu pai. Jack vê-se como uma alma perdida no mundo moderno, procurando respostas para as origens e sentido da vida, enquanto questiona a existência da fé. Através da imagem de marca deste realizador, vemos o quanto, tanto a natureza em bruto, como a graça espiritual, dão forma, não só às nossas vidas como seres individuais e como famílias, mas a toda a vida.
No elenco temos os feras Brad Pitt (Se7en, Benjamin Button) e Sean Penn (I Am Sam, Milk), na pele do pai e do filho da família abordada, respectivamente.
Como referência, este filme pode ser vinculado ao sensacional "Fountain Of Life", por sua intensidade artística e por soar tão nonsense mesmo não sendo.