Movie Hint - Mary and Max (2009)

Caro Jack,
Antes de comentar sobre este filme, esta postagem serve primeiramente para reforçar a amizade que temos e agradecer a Deus por termos amigos de verdade.
Obrigado, meu amigo!
Mary and Max é uma história tocante, simples, feita em animação "stop motion", com bastante caricaturas e recursos visuais de ilustração. Com uma fotografia excelente e um roteiro perfeito, não tem nada de infantil nesse filme.
A história é narrada do início ao fim, muitas falas, é quase que a leitura de um livro, ilustrado pelas imagens animadas que aparecem na tela.
Uma bela história, que começa com algo absolutamente improvável: Mary, uma menina de 8 anos na Austrália, com problemas familiares e sociais, infeliz, pensando em como deve ser a vida das pessoas em outras partes do mundo, resolve escrever para um contato aleatório. Sua carta é endereçada a Max, um homem infeliz de 44 anos, obeso, com problemas de relacionamento e sofrendo crises profundas de ansiedade.
Com esta premissa incomum, a história corre, contando esta amizade por correspondência entre os dois, um contando com o outro. E como nos relacionamentos, crises acontecem, mas quando há a amizade verdadeira, ela prevalece. E no final, uma mensagem emocionante encerra esse belo conto com chave de ouro.
Com vozes de Toni Collette (Little Miss Sunshine) e Philip Seymour Hoffman (Capote, Doubt), e participação de Eric Bana (The Time Traveler's Wife), esse filme, produção australiana, marca e vale a pena ter na prateleira, ser visto e revisto.



ATUALIZAÇÃO: Na pressa de escrever, deixei de comentar sobre alguns pontos interessantes. O filme tem um tom monocromático, utilizando somente variações que vão do cinza ao marrom, para dar ideia de um ambiente triste, sem vida. A cor vermelha, já é bem marcada, e aparece viva nos objetos. Essa variação de cores segue bem a linha daqueles medidores de humor: se está triste ou nervoso, a cor é escura e sem brilho. Em momentos de alegria e diversão, cores mais vivas ganham espaço.
Stop Motion deve dar um trabalho do cão pra filmas... que trabalho bem feito.
E destaque para a trilha sonora da cena em que Max responde a primeira carta à Mary, onde é feita uma clara referência ao comediante Jerry Lewis, se apresentando sentado, com uma máquina de escrever imaginária, e uma trilha ao fundo para dar o ritmo da interpretação.