sábado, 3 de setembro de 2011

Movie Hint - O Homem do Futuro (2011)

Uma surpresa boa assistir a um filme nacional com um título e tema um tanto atípico para os padrões (segundo os críticos de plantão) do cinema brasileiro. O Homem do Futuro traz uma história divertida, muito bem contada, coesa, totalmente despretensiosa e capaz de agradar ao público em geral.
Wagner Moura (Tropa de Elite) é João, vulgo Zero, um cientista que consegue construir uma máquina aceleradora de partículas com a intenção de criar uma fonte de energia alternativa que revolucionará o mundo. Amargurado por uma decepção amorosa na época da faculdade, seu primeiro amor, Helena, interpretada por Alinne Moraes (Os Normais 2), ele segue em busca do vazio que ela deixou em sua vida.
Sua meta pois, como proferido por Helena é a de "mudar o mundo". O que ele não esperava é que ao entrar em sua máquina para um teste definitivo, João acaba voltando no tempo, 20 anos antes, e tem a chance de mudar os rumos de sua vida.
Repleto de referências aos filmes sobre viagem no tempo, uma verdadeira homenagem a Back to the Future, o diretor Cláudio Torres (A Mulher Invisível) consegue com muita competência, realizar um filme que não deve em nada aos grandes estúdios.
Uma super-produção, com excelente figurino, maquiagem e fotografia, o retrato dos costumes brasileiros em 1991 em contraste com 2011 é bem fiel em ambos os anos. Quem iria imaginar um iPhone em 1991? Quem vir o filme vai entender.
A tal máquina aceleradora de partículas, também merece destaque: para sua construção, nos sets de filmagem, foi utilizada a cauda de um avião Bandeirante, entre outras bugigangas. segundo matéria publicada em O Globo, que pode ser lida AQUI, a diretora de arte, Yurika Yamasaki, comenta:
"A máquina foi feita com a cauda de um Bandeirante que a gente comprou de um senhor de 85 anos que mantém sucata de aviões em seu quintal e vende. Dá uns 9,5 metros de comprimento - conta Yurika. - A boca, que tem uns 2,3 metros, a gente fez com partes de uma jacuzzi. E a porta eu tirei de um equipamento hospitalar."
As atuações também são muito boas. Wagner Moura, de longe o melhor ator brasileiro na atualidade, é tão competente que apesar de ter sido marcado como o Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, não permite em nenhum momento, mostrar vestígios de seu personagem durão naquele filme. Aqui sua tarefa é ainda mais dura, pois além de compor um cientista meio louco (que lembra uma mistura de Christopher Loyd com Jack Nicholson), ainda interpreta o jovem João, de 20 anos, perfeitamente caracterizado, menos rugas, mais magro, juvenil, etc. O cara manda...
Alinne Moraes, de estonteante beleza, também mostra talento na atuação. O filme conta ainda com boas atuações de Maria Luisa Mendonça, Gabriel Braga Nunes e Fernando Ceylão.
Um bom filme, com muitos clichês, porém divertido e gostoso de assistir.





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