domingo, 31 de julho de 2011

Movie Hint - Nine (2009)

"A primeira forma de matar um filme, é falar sobre ele."
A citação acima é a primeira fala de Nine, um drama com toque de musical.
Um musical que infelizmente, foi considerado um fracasso pela crítica, porém, ao menos aqui no Movie Hints, agradou bastante, e vale o destaque para dar um status mais positivo, como obra artística, bom roteiro e excelentes atuações. Sem contar o elenco de primeira.
Daniel Day-Lewis (There Will Be Blood) é Guido Contini, um diretor renomado que está prestes a lançar seu novo filme, uma promessa de sucesso, mas não tem uma página sequer do roteiro escrita. Com problemas em sua vida pessoal e profissional, ele não consegue progredir com o trabalho e encontrar um rumo, dividido entre as mulheres que o cercam.
Suas "musas" são as belas: Marion Cotillard (Inception), sua mulher, uma atriz que ele dirigiu em um outro filme, Penélope Cruz (Vicky Cristina Barcelona), sua amante, de quem ele busca inspiração para novas ideias, Nicole Kidman (Moulin Rouge), a musa mais cotada na atualidade, escalada para estrelar seu filme sem ao menos ler o roteiro, Kate Hudson (The Skeleton Key), uma crítica que procura mantê-lo "na linha"; ainda, importantes nomes o cercam na história, como Sophia Loren (Prêt-à-Porter), sua mãe, Judi Dench (Notes on a Scandal), sua assistente e conselheira e por fim a cantora Fergie (Grindhouse), sob a memória de uma prostituta que ele visitava quando criança.

Com tanta estrela assim, como fazer uma boa história? Bom, Daniel Day-Lewis é o centro da história, um cara egocêntrico e como já mencionado, sofre com tanta pressão sobre si. É nesse ponto que entra o musical: sob forma de devaneios seus, as mulheres surgem em sua mente cantando, dançando, esbanjando gogó e sensualidade e alguns números excelentes também na voz de Lewis tudo muito caprichado no figurino, cenário, etc.
Atuações excelentes, impressionante o trabalho de voz, corpo, coreografia, representação de todos os citados acima, sem exceção. Destaque para a Marion Cotillard, que surge em cena extremamente parecida com a atriz Audrey Hepburn e o próprio Day-Lewis, que canta, dança e atua de forma peculiar e um tanto cartunesca com seu personagem ítalo-americano.

Justamente pelo fato dos números musicais ocorrerem na imaginação de Guido, o filme é bem balanceado entre história-música. Não fica aquela coisa estranha onde os atores de repente interrompem sua atuação para começar a fazer firulas pelo cenário.
Acho muito legal quando uma história trata de um filme dentro de outro, e o diretor, Rob Marshall (Chicago, Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides) foi muito competente no trabalho.





Nenhum comentário: